De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, em parceria com o Ministério da Educação e a Organização dos Estados Interamericanos, em 2016, a violência atinge boa parte das escolas brasileiras. Só em relação às públicas, são 42% das escolas afetadas.

O estudo considerou a violência física e verbal, tanto ocasionada por fatores externos (assalto, homicídio, etc.) à escola como internos (preconceito, ameaça, xingamento, etc.), a partir da relação entre alunos e entre estes e professores.

Diante dessa realidade, investir na segurança da escola é indispensável para garantir um espaço não só seguro, mas de respeito e de boa convivência, uma solução nesse sentido que pode ser adotada é a Segurança Escolar Integrada.

Insegurança dentro e fora da escola

Como descrito, hoje, os pais dos alunos e os próprios alunos não se sentem seguros dentro e fora da escola, pelo motivo destacado anteriormente: a criminalidade e violência não param de crescer.

Uma das principais consequências disso é a evasão escolar, fenômeno que marca a saída em massa de jovens do sistema de ensino educacional brasileiro. Um estudo realizado pelo movimento Todos Pela Educação apontou que, em 2017, houve uma evasão de 15%. Dado que revela que as escolas ainda têm tratado a segurança não como uma prioridade, mas como uma opção.

Tanto isso é verdade que com frequência vemos nos noticiários cenas de horrores nas escolas brasileiras, exemplos disso foram os casos de Realengo (2011) e Suzano (2019). No primeiro, um homem de 23 anos entrou em uma escola em Realengo e atirou contra 11 crianças, sendo que 10 morreram e uma ficou ferida. No segundo, dois adolescentes armados entraram em uma escola pública em Suzano e tiraram a vida de 8 pessoas, estando entre as vítimas estudantes e funcionários da instituição. Em ambos os casos, os atiradores cometeram suicídio.

De acordo com autoridades públicas, desde 2002, ao menos 9 escolas brasileiras sofreram atentados, tanto por parte de alunos como de ex-alunos. Vale ressaltar que a violência escolar é um problema de ordem global. Segundo Rejane Dias, deputada federal pelo Piauí, nos Estados Unidos, mais de 660 ataques a escolas foram registrados desde 2002.

Segurança Integrada nas Escolas

A segurança integrada nas escolas se apresenta, nesse contexto, como uma solução fundamental que pode amenizar a problemática da insegurança escolar.

Ela tem como foco não só promover a segurança interna da escola, mas também a segurança das áreas do entorno, como ruas e áreas consideradas vulneráveis à criminalidade e violência.

O sistema é muito eficiente e colocado em prática proporciona um aumento da segurança que proporciona um ambiente seguro dentro e fora da escola.

Dentro desta estrutura de segurança integrada, também se faz necessário a realização de treinamentos com os gestores, colaboradores, professores e alunos das escolas a fim de que saibam agir em situações de riscos. Estes treinamentos são baseados no protocolo de segurança americano run (corra), hide (esconda-se),  fight (lute), que oferece diretrizes de segurança para ocorrências  que envolvam atiradores ativos, ou seja, atiradores dispostos a causar mortes e danos ao máximo de pessoas possíveis. 

Todos ganham com isso: a escola, que fica mais segura; os pais, que ficam mais tranquilos estando os seus filhos na escola; e a sociedade, que passa a contar com pessoas alfabetizadas, capazes de colaborar para o desenvolvimento econômico do país.

Contar com a segurança integrada nas escolas torna não só a sua mais segura, mas também pode destacá-la no mercado frente a outras instituições.

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Pense na segurança escolar como uma forma de garantir um espaço melhor e mais seguro para todos.